terça-feira, 9 de junho de 2009

Fascinante as muitas formas da vida se apresentar

Pra vocês terem uma idéia os Vírus, são menores que as menores das células e conseguem fazer um estrago muitas vezes fatal para aquele que tiver o azar de hospedá-lo. Os vírus são definidos como parasitas intracelulares obrigatórios, parecem ser os piratas das células.
Eles não possuem nenhum lugar ou órgão onde ele se alimente, respire e realize os metabolismos básicos como a síntese de proteínas. Eles só podem viver dentro de células hospedeiras, fora como o HIV podem viver até 1 hora. Por estas características existe na Biologia uma importante polêmica em como classificar os vírus. São eles vivos ou não?
Apesar de serem tão quimicamente simples são super eficientes para realizar o seu único objetivo, que é se replicarem. Procuram células que possam invadir e roubar suas estruturas biológicas "em seu DNA possuem comandos para redirecionar o metabolismo celular dos hospedeiros em seu próprio proveito, subvertendo o funcionamento da célula para a sua replicação”. (Bio, Maria Carlos Reis,2007).
Tamanho de um vírus: 20 a 400 nanômetros (10(na menos 9) metros). 1nm = 1 milionésimo de milímetro.
Tão pequenininho e tão perigoso!

Outra coisa incrível é que os vírus foram percebidos antes de serem vistos. Isso aconteceu em 1892, durante as “experiências de isolamento de microorganismos patogênicos” (causadores de doenças) através da “filtração”.
O pesquisador Iwanowski observou que, por diversas vezes, “os filtrados obtidos não eram estéreis”, pois produziam a doença nos novos hospedeiros inoculados com a solução. Embora sem conseguir vê-los nas lentes dos microscópios da época, Iwanowski conclui que estava na presença de uma nova forma de vida patogênica, a que chamou “vírus filtrante”. (vírus do latim para toxina, veneno). Foram vistos apenas na década de 1930 com o desenvolvimento do microscópio eletrônico.
Nos limites da Ciência.
A ciência tem hoje duas principais hipóteses para explicar a origem dos vírus. A virologia existe como ciência a cerca de 100 anos e os vírus provavelmente têm parasitado os organismos desde a origem da vida. Os vírus estão no mundo desde antes da humanidade.
Uma das teorias sobre o aparecimento “defende que eles deveriam existir no início da formação da vida como fragmentos de material genético desprotegido no interior de células, cuja função seria transportar a informação hereditária de uma forma de vida para a sua descendência. As alterações do ambiente da Terra teriam induzido o desenvolvimento de envelopes de proteção contra os elementos naturais nestes mensageiros, e quando as células começaram a se auto-reproduzirem, os vírus teriam perdido sua função primária, passando a atuar como parasitas. (...) Uma outra teoria defende que eles não seriam mais do que descendentes de parasitas intracelulares, que teriam perdido a autonomia metabólica durante o processo evolutivo, retendo uma bagagem genética suficiente para manter a sua identidade e a sua capacidade de multiplicação.” (Reis, 2007).

A característica mutante.

Os vírus, como o HIV, usam o processo da retrotranscrição para copiarem o seu material genético através do DNA da célula. A cópia resultante não é segura e acaba por criar constantemente novas seqüências de DNAviral. A alta capacidade de mutação decorrente de cópias mal feitas é o principal motivo para a grande dificuldade da ciência em combatê-lo.

Os vírus no mundo contemporâneo.
Em um documentário, transmitido pela TV Escola, ouvi uma observação fundamental para compreender as inter-relações entre humanos e os seres virais. As mutações genéticas combinadas com as alterações ambientais, como a destruição das florestas tropicais, aproximam os humanos e suas culturas destes seres, que estariam antes protegidos nos grandes ecossistemas florestais. Dizem que da vida destes lugares só conhecemos 14 milhões das espécies vivas. Esta situação trouxe um novo desafio: conviver com os novos “vírus emergentes”.
A perda de florestas para o uso humano continua em precesso. Aqui na ilha cada vez a cidade invade a mata atlântica e mais vida desaparece ou é obrigada a migrar. Fico pensando o que mais virá por aí?...
Valeu, prof Silvia
Bibliografia:
Soares, José Luís. O rastro da vida. Ed. Moderna. 4ª ed. SP, 1999.
Reis, Maria Carlos, Virologia, entrevista Super Interessante, 2007)
www.webciencia.com/11_34virus.htm
www.wikipédia.com

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